Durante o século XIX, os artistas foram rejeitando de forma crescente a autoridade das Academias das Artes e reagiram com maior ambivalência em relação ao negócio da arte comercial em que o gosto conservador da burguesia tinha um papel significativo. Estes desenvolvimentos conduziram a uma nova era de experimentação, em que a França se distinguiu e onde os artistas se tornaram mais livres para explorar os limites da arte. [...]
Os românticos estavam convencidos de que o indivíduo era a força motriz da história e do progresso. Sublinhavam o emocional, o místico, o intuitivo e o simbólico que deveriam suplantar o inteiramente racional e sujeito a regras. [...]
O Realismo também alterou os ideais das academias e da opinião pública ao alargar os temas da arte para passarem a incluir imagens da vida quotidiana, frequentemente imagens de pobreza ou de trabalho. [...]
O Impressionismo abandonou a convenção para representar a aparência natural como formas solidamente modeladas. Os impressionistas substituíram linhas e formas por flashes de cor que transmitem a impressão de aparência, mas sem a solidez dos objetos. Também pintavam ao ar livre, rejeitando assim a tradição académica do trabalho num estúdio a partir de desenhos preparatórios.
- Stephen Little (2004). ...ismos: entender a arte. Lisboa: Lisma Editora.
ARQUITETURA DO FERRO... E DO VIDRO
Richard Wagner não escapou ao enorme impacto que a redescoberta da poesia germânica medieval produziu nos românticos alemães do século XIX.Inspirado pelo amor de Mathilde Wesendonck e pela filosofia de Arthur Schoppenhauer, completou a partitura de Tristan und Isolde em 1859, mas a sua estreia em Munique esperou até 1865 pois, até lá, a Ópera da Corte de Viena considerou-a impossível de ser representada.A lenda céltica que narra o trágico amor de Tristão, o herói das brumas da Cornualha e da princesa irlandesa Isolda – contada e recontada por inúmeras fontes com infindáveis variações – encontra no drama sonoro de Wagner a mais transcendente encarnação da simbolização do amor, e cuja estrutura melódica, levada aos limites da tradição musical com as suas inovadoras e arrojadas harmonias, prefigura a mais importante etapa da música moderna.- Fonte | CCB
Tristão e Isolda: ato 3 "Liebestod", 1995
Maestro | Daniel Barenboin
Isolda | Waltraud Meier
ARQUITETURA PORTUGUESA. O PALÁCIO DA PENA
FOTOGRAFIA | LEWIS HINE - Ellis Island
AUGUSTE RODIN, UM ESCULTOR IMPRESSIONISTA
PINTURA E ESCULTURA EM PORTUGAL NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX