Não sem razão, o século XVII é o século de Descartes mas também do Santo Oficio, de Galileu e da Contra-Reforma: não admira, pois, que a cultura artística se desenvolva de forma tão tumultuosa ou seja classificada de «barroca», no sentido de uma arte alterada por deformações intelectuais ou decorativas, à procura de efeitos gratuitos. A crítica moderna mitigou porém o sentido negativo do termo «barroco», até lhe reconhecer uma autêntica validade no plano da fantasia e da invenção.
Terisio Pignatti. Pintura: das origens aos fins do século XVIII
história e cultura
ARTES
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Tempo
- Do
início da Guerra dos 30 Anos ao final do reinado de Luís XIV.
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Acontecimento - O
Tratado de Utrecht (1713). A finalização das guerras. Um congresso de
embaixadores e um tratado de paz. A nova geografia da Europa.
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Espaço - A
Europa da Corte. A Corte nos palácios das cidades. A Corte junto às cidades. O
modelo Versailles.
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Biografia - O
Rei Sol Luís XIV (1638-1643-1714). O Rei da afirmação do poder autocrático.
Luís XIV e o investimento na Corte de Versailles. Um Rei, um cerimonial, uma
França hegemónica na Europa.
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Local -
Os palcos: a Corte, a Igreja, a Academia. O palco do teatro e da ópera.
O palco local de espetáculos efémeros.
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Síntese 1 -
A
mística e os cerimoniais. Santos e pregadores. Religião e cerimonial religioso.
Rituais e práticas sociais.
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Síntese 2 -
A
Revolução científica. A razão e a ciência. O método. A experimentação.
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A arquitetura barroca: arte
e retórica.
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A escultura barroca sob o
signo do pathos.
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A pintura barroca e o
protagonismo da luz.
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O caso francês: a
oposição barroco-classicismo na França do Rei-Sol.
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Da
Europa para o mundo: barroco ou barrocos? Europa central e países nórdicos;
pintores flamengos e holandeses,
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Da Europa para o mundo: o barroco em Espanha, Portugal e Brasil.
Páginas 24 a 87
Aprendizagens essenciais
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Avaliar
o significado do Tratado de Utrecht para a nova geografia e conjuntura
histórica e cultural da Europa.
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Compreender
o papel de Luís XIV na construção do cerimonial da corte de Versalhes, enquanto
expressão da hegemonia da França, exercício do poder autocrático do rei e
modelo para a Europa da corte.
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Reconhecer
os muitos palcos da cultura europeia: corte, igreja, academia, teatro, ópera e
espetáculos efémeros.
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Compreender
que o barroco, em todas as suas manifestações nacionais e regionais, deve ser
entendido mais como um gosto do que como um estilo, sublinhando a forma como
utilizava a sedução dos sentidos e a teatralidade.
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Identificar
características da arquitetura e da escultura barrocas, ressaltando, na
escultura, o dinamismo, a abertura da composição e a exacerbação do
expressionismo.
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Relacionar
a construção do Real Edifício de Mafra), expoente da arquitetura barroca, com a
materialização da noção de poder régio absoluto.
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Avaliar
a importância da luz na pintura barroca, assim como outros aspetos que a
caraterizam.
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Caraterizar
o barroco em Portugal e em Espanha, designadamente nos domínios portugueses e
espanhóis, analisando o papel da aculturação e da miscigenação e os contributos
do Brasil.